Saki Morioki, de 5 anos, reza em frente ao Domo da Bomba Atômica, um dos principais símbolos do horror causado pela 'Little boy'.
75 anos do horror em Hiroshima: As imagens que nunca devem ser esquecidas
Há 75 anos, os moradores de Hiroshima iniciavam seu dia quando um forte clarão e um estrondo varreu a cidade e matou dezenas de milhares de pessoas instantaneamente. Era a primeira bomba atômica a ser usada numa guerra, e a segunda – e última – atingiria a também japonesa Nagasaki três dias depois, encerrando a Segunda Guerra Mundial.
Era 8h15 da manhã quando o avião de guerra americano B-29 Enola Gay lançou a bomba “Little Boy” sobre Hiroshima. Estima-se que 140 mil de seus 350 mil habitantes morreram – incinerados imediatamente ou mais tarde, dos graves ferimentos ou de doenças relacionadas à radiação.
O horror e a destruição foram capturados em poucas imagens, que hoje circulam o mundo na tentativa de evitar que outra tragédia nuclear ocorra. Hoje, há 3.720 bombas atômicas estocadas em alguns poucos países, e a tensão é enorme em todo o mundo quando algumas dessas potências nucleares sobem o tom.
Reproduzimos algumas delas aqui, para que nunca esqueçamos do que a corrida nuclear é capaz.
Cerimônia em Hiroshima
Nesta quinta-feira, os sinos tocaram em Hiroshima para lembrar as vítimas. Neste ano, contudo, as cerimônias foram reduzidas devido à pandemia do novo coronavírus. Nos anos anteriores, o Parque da Paz, que fica no centro da cidade japonesa, recebia milhares de pessoas para rezar e cantar. Hoje, somente os sobreviventes e suas famílias puderam comparecer ao memorial.
“Em 6 de agosto de 1945, uma única bomba atômica destruiu nossa cidade. Na época, havia rumores de que ‘nada cresceria aqui por 75 anos’”, disse o prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui. “E ainda assim, Hiroshima se recuperou, tornando-se um símbolo de paz.”
O prefeito aproveitou o momento de pandemia para afirmar que, quando a gripe de 1918 tirou dezenas de milhões de vidas, as nações que se enfrentavam na Primeira Guerra Mundial “eram incapazes de enfrentar a ameaça juntas”.
“Um surto posterior de nacionalismo levou à Segunda Guerra Mundial e aos bombardeios atômicos. Nunca devemos permitir que este passado doloroso se repita. A sociedade civil deve rejeitar o nacionalismo egocêntrico e unir-se contra todas as ameaças”, declarou, segundo a Reuters.
O primeiro-ministro, Shinzo Abe, compareceu à cerimônia, mas o número de visitantes estrangeiros, desta vez, foi reduzido.
Fonte:https://www.huffpostbrasil.com/entry/hiroshima-75-anos_br_5f2ac803c5b64d7a55ed414c?ncid=yhpf
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