GURU DO MERCADO FINANCEIRO,BUFFET TEM UM CONSELHO PARA INVESTIDORES SOBRE O CORONAVÍRUS


 O investidor Warren Buffett. Foto: Johannes Eisele / AFP

O investidor Warren Buffett. Foto: Johannes Eisele / AFP

Guru do mercado financeiro, Buffet tem um conselho para investidores sobre o coronavírus

'É assustador, mas não deve influenciar o que você faz com suas ações na Bolsa', diz o oráculo de Omaha

Reuters
24/02/2020 - 12:50 / Atualizado em 27/02/2020 - 10:16


NOVA YORK — O megainvestidor Warren Buffett, presidente executivo da Berkshire Hathaway - firma que tem, entre vários outros negócios, sociedade com a 3G Capital do brasileiro Jorge Paulo Lemann em empresas como Kraft Heinz e Burger King - disse neste domingo que a epidemia de coronavírus não vai mudar sua estratégia de investimentos.
Buffett disse ainda que o risco de uma pandemia - nesta segunda-feira a Itália confirmou mais mortes pela doença e a Coreia do Sul proclamou alerta máximo contra a doença, o que derrubou as Bolsas - não o levará a vender ações, porque sua estratégia é de longo prazo.
— É algo assustador, mas não deve influenciar o que você faz com suas ações na Bolsa. Mas no que diz respeito à raça humana, é assustador — afirmou o investidor em entrevista à rede de TV CNBC.
Conhecido como o "oráculo de Omaha", por suas previsões certeiras sobre o mercado de ações, Buffett costuma definir seus investimentos pensando a longo prazo, como 10 a 20 anos. E, na entrevista à CNBC, defendeu esta abordagem.
Segundo ele, os investidores não podem antecipar a performance de longo prazo dos mercados acompanhando as notícias diárias. Buffett afirmou ainda que "certamente está mais inclinado" a comprar ações após as últimas quedas nas Bolsas, uma vez que a economia americana permanece "forte, ainda que um pouco mais devagar" do que estava há seis meses.
Na semana passada, a Berkshire divulgou seus resultados em 2019, quando obteve um lucro líquido recorde, de US$ 81,42 bilhões.
O surto de cornavírus afetou algumas empresas do grupo, como a rede de sorveterias Dairy Queen, com mais de 1.000 lojas fechadas na China. "As que estão abertas, não estão fazendo nenhum tipo de venda". Outras empresas, como a fabricante de material de construção Johns Manville e a produtora de carpetes Shaw, estão sofrendo com a interrupção de alguns componentes e matérias-primas produzidas na Ásia.
— Sempre há problemas no horizonte. Mas a verdadeira questão é como estarão estes negócios daqui a cinco ou dez anos — disse Buffett. 



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